Arquidiocese de Niterói - Vicariato Oceânico

sábado, 3 de outubro de 2009

OUTUBRO. MÊS DAS MISSÕES E DO SANTO ROSÁRIO. PERSEVEREMOS.

No mês de outubro, que se inicia, nossa Igreja faz especial dedicação às Missões. E também à Oração do Rosário, que nos leva a buscar Maria Santíssima, nossa Rainha e nossa Mãe, e ao mesmo tempo a contemplar os mais relevantes acontecimentos da vida de seu Filho Jesus Cristo, nosso Salvador e Redentor, através dos mistérios. Estes, como se sabe, eram os gozosos; relativos ao nascimento de Jesus e ao tempo próximo; os dolorosos; relativos à sua paixão e morte; e os gloriosos; relativos à ressurreição, à ascensão, à vinda do Espírito Santo, e à coroação de Maria, assunta em corpo e espírito. Porém, no pontificado recente de João Paulo II, foram acrescidos os luminosos, que nos mostram o batismo de Jesus, o milagre das Bodas de Caná, a transfiguração e a eucaristia. Assim, o que era somado em 150, passou a ser em 200. Mas o antigo nome “terço”, que passou a ser “quarto”, ainda é mantido por forte tradição.


Nem é preciso comentar-se sobre a força da Oração do Terço, pessoalmente, em família ou em grupos restritos ou mais amplos. Maior ainda, claro, a do Rosário completo, sendo possível no tempo de cada um. E sobre os conselhos da Virgem Maria, em várias de suas aparições ao longo da história, para que prestigiemos tal oração, sobretudo, em favor do nosso crescimento como pessoas cristãs; para que aumente nossa fé; para que saibamos nos perdoar e compreender reciprocamente; para que participemos da comunidade eclesial, na medida dos dons de cada um; para que nosso catolicismo seja de verdade, para valer; não simplesmente formal ou de social aparência, ou mesclado com superstições, ou com elementos de outras crenças que se oponham aos princípios básicos da nossa. Respeitar é uma coisa. Outra, bem diferente, é fazer da fé professada em nosso batismo uma “salada mista”.

Rezando-se o Terço com atenção e entusiasmo, deparamo-nos, por exemplo, com a expressão: “Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu, e socorrei principalmente as que mais precisarem”. Quanta beleza e profundidade são aí contidas. O Filho do Homem não veio para condenar, mas para salvar. Só que nós devemos colaborar, crendo, e sendo batizados, como está escrito. Mas a Misericórdia de Deus é infinita. Há os que, só praticando o bem, crêem e não sabem. Há os que, sem batismo ao morrerem, o desejariam, se assimilassem sua importância. Deus pode salvar por caminhos que apenas Ele conhece. Mas é nosso dever ajudar o outro, sempre com amor e nunca com imposição ou humilhação, a encontrar a verdade cristã e a viver segundo a mesma.


Tudo isso envolve o dever, de todos nós, batizados e membros do Povo de Deus, em sermos testemunhas da Boa Nova (tradução da palavra grega Evangelho), aqui em Itaipu, ou em qualquer parte deste município, deste estado, deste país, ou do mundo; onde estivermos. Para tanto, somos enviados, temos missão. Missionários não são apenas os padres, os religiosos e as religiosas, que, com toda a coragem e o abandono por vezes de suas famílias e de suas pátrias de origem, vão para longe, para culturas diferentes e línguas estranhas, para regiões castigadas pela guerra, pela fome ou pela opressão, na pregação da Palavra, na obra permanente da Igreja. Destes, os temos, pela graça de Deus, em nossa comunidade paroquial. Mas cabe-nos sempre ter em mente que, para onde formos, em todos os momentos, mesmo os prazerosos, nunca podemos negar o testemunho ao qual somos chamados. E quantas vezes o fazemos, por vaidades, ciúmes, ambições, desejos desordenados, e outros fatores negativos? Muitas e muitas. Mas se assim nos reconhecermos, e nos reconciliarmos com o Pai, o que passa pela reconciliação com o próximo, já nos fortaleceremos na conversão que leva à santificação.


Perseveremos, pois. Principalmente, diante do mundo que hoje nos cerca, ao mesmo tempo tão progredido em diversas áreas, mas tão influenciado por fatores malsãos, em outras. O Reino Divino, que aqui tem começo, na construção de uma sociedade justa e fraterna; para a qual é indispensável a Família, hoje tão agredida e desprezada; muito necessita de nós todos.


Invoquemos sempre a preciosa intercessão de Maria, Advogada nossa. Em especial, a de Maria Aparecida, padroeira do Brasil, cuja festa é no dia 12. Amém.

Luiz Felipe Haddad

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O DIA MISSIONÁRIO MUNDIAL DE 2009

"As nações caminharão à sua luz" (Ap 21, 24)

Neste domingo dedicado às missões, me dirijo sobretudo a vós, Irmãos no ministério episcopal e sacerdotal, e também aos irmãos e irmãs do Povo de Deus, a fim de vos exortar a reavivar em si a consciência do mandato missionário de Cristo para que "todos os povos se tornem seus discípulos" (Mt 28,19), seguindo as pegadas de São Paulo, o Apóstolo dos Gentios.

"As nações caminharão à sua luz" (Ap 21, 24). O objetivo da missão da Igreja é iluminar com a luz do Evangelho todos os povos em seu caminhar na história rumo a Deus, pois Nele encontramos a sua plena realização. Devemos sentir o anseio e a paixão de iluminar todos os povos, com a luz de Cristo, que resplandece no rosto da Igreja, para que todos se reúnam na única família humana, sob a amável paternidade de Deus.

É nesta perspectiva que os discípulos de Cristo espalhados pelo mundo trabalham, se dedicam, gemem sob o peso dos sofrimentos e doam a vida. Reitero com veemência o que muitas vezes foi dito pelos meus Predecessores: a Igreja não age para ampliar o seu poder ou reforçar o seu domínio, mas para levar a todos Cristo, salvação do mundo. Pedimos somente de nos colocar a serviço da humanidade, sobretudo da daquela sofredora e marginalizada, porque acreditamos que "o compromisso de anunciar o Evangelho aos homens de nosso tempo... é sem dúvida alguma um serviço prestado à comunidade cristã, mas também a toda a humanidade"(Evangelii nuntiandi, 1), que "apesar de conhecer realizações maravilhosas, parece ter perdido o sentido último das coisas e de sua própria existência"(Redemptoris missio, 2).

1. Todos os Povos são chamados à salvação

Na verdade, a humanidade inteira tem a vocação radical de voltar à sua origem, que é Deus, somente no Qual ela encontrará a sua plenitude por meio da restauração de todas as coisas em Cristo. A dispersão, a multiplicidade, o conflito, a inimizade serão repacificadas e reconciliadas através do sangue da Cruz e reconduzidas à unidade.

O novo início já começou com a ressurreição e a exaltação de Cristo, que atrai a si todas as coisas, as renova, as tornam participantes da eterna glória de Deus. O futuro da nova criação brilha já em nosso mundo e acende, mesmo se em meio a contradições e sofrimentos, a nossa esperança por uma vida nova. A missão da Igreja é "contagiar" de esperança todos os povos. Por isto, Cristo chama, justifica, santifica e envia os seus discípulos para anunciar o Reino de Deus, a fim de que todas as nações se tornem Povo de Deus. É somente nesta missão que se compreende e se confirma o verdadeiro caminho histórico da humanidade. A missão universal deve se tornar uma constante fundamental na vida da Igreja. Anunciar o Evangelho deve ser para nós, como já dizia o apóstolo Paulo, um compromisso impreterível e primário.

2. Igreja peregrina

A Igreja Universal, sem confim e sem fronteiras, se sente responsável por anunciar o Evangelho a todos os povos (cfr. Evangelii nuntiandi, 53). Ela, germe de esperança por vocação, deve continuar o serviço de Cristo no mundo. A sua missão e o seu serviço não se limitam às necessidades materiais ou mesmo espirituais que se exaurem no âmbito da existência temporal, mas na salvação transcendente que se realiza no Reino de Deus. (cfr. Evangelii nuntiandi, 27). Este Reino, mesmo sendo em sua essência escatológico e não deste mundo (cfr. Jo 18,36), está também neste mundo e em sua história é força de justiça, paz, verdadeira liberdade e respeito pela dignidade de todo ser humano. A Igreja mira em transformar o mundo com a proclamação do Evangelho do amor, "que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir e... deste modo, fazer entrar a luz de Deus no mundo" (Deus caritas est, 39). Esta é a missão e o serviço que, também com esta Mensagem, chamo a participar todos os membros e instituições da Igreja.

3. Missio ad gentes

A missão da Igreja é chamar todos os povos à salvação realizada por Deus em seu Filho encarnado. É necessário, portanto, renovar o compromisso de anunciar o Evangelho, fermento de liberdade e progresso, fraternidade, união e paz (cfr. Ad gentes, 8). Desejo "novamente confirmar que a tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja"(Evangelii nuntiandi, 14), tarefa e missão que as vastas e profundas mudanças da sociedade atual tornam ainda mais urgentes. Está em questão a salvação eterna das pessoas, o fim e a plenitude da história humana e do universo. Animados e inspirados pelo Apóstolo dos Gentios, devemos estar conscientes de que Deus tem um povo numeroso em todas as cidades percorridas também pelos apóstolos de hoje (cfr. At 18, 10). De fato, "a promessa é em favor de todos aqueles que estão longe, todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar "(At 2,39).

Toda a Igreja deve se empenhar na missio ad gentes, enquanto a soberania salvífica de Cristo não está plenamente realizada: "Agora, porém, ainda não vemos que tudo lhe esteja submisso"(Hb 2,8).

4. Chamados a evangelizar também por meio do martírio

Neste dia dedicado às missões, recordo na oração aqueles que fizeram de suas vidas uma exclusiva consagração ao trabalho de evangelização. Menciono em particular as Igrejas locais, os missionários e missionárias que testemunham e propagam o Reino de Deus em situações de perseguição, com formas de opressão que vão desde a discriminação social até a prisão, a tortura e a morte. Não são poucos aqueles que atualmente são levados à morte por causa de seu "Nome". É ainda de grande atualidade o que escreveu o meu venerado Predecessor Papa João Paulo II: "A comemoração jubilar descerrou-nos um cenário surpreendente, mostrando o nosso tempo particularmente rico de testemunhas, que souberam, ora dum modo ora doutro, viver o Evangelho em situações de hostilidade e perseguição até darem muitas vezes a prova suprema do sangue" (Novo millennio ineunte, 41).

A participação na missão de Cristo, de fato, destaca também a vida dos anunciadores do Evangelho, aos quais é reservado o mesmo destino de seu Mestre. "Lembrem-vos do que eu disse: nenhum empregado é maior do que seu patrão. Se perseguiram a mim, vão perseguir a vós também " (Jo 15,20). A Igreja se coloca no mesmo caminho e passa por tudo aquilo que Cristo passou, porque não age baseando-se numa lógica humana ou com a força, mas seguindo o caminho da Cruz e se fazendo, em obediência filial ao Pai, testemunha e companheira de viagem desta humanidade.

Às Igrejas antigas como as de recente fundação, recordo que são colocadas pelo Senhor como sal da terra e luz do mundo, chamadas a irradiar Cristo, Luz do mundo, até os extremos confins da terra. A missio ad gentes deve ser a prioridade de seus planos pastorais.

Agradeço e encorajo as Pontifícias Obras Missionárias pelo indispensável trabalho a serviço da animação, formação missionária e ajuda econômica às jovens Igrejas. Por meio destas instituições pontifícias, se realiza de forma admirável a comunhão entre as Igrejas, com a troca de dons, na solicitude recíproca e na comum projetualidade missionária.

5. Conclusão

O impulso missionário sempre foi sinal de vitalidade de nossas Igrejas (cfr. Redemptoris missio, 2). É preciso, todavia, reafirmar que a evangelização é obra do Espírito, e que antes mesmo de ser ação, é testemunho e irradiação da luz de Cristo (cfr. Redemptoris missio, 26) através da Igreja local, que envia os seus missionários e missionárias para além de suas fronteiras. Rogo a todos os católicos para que peçam ao Espírito Santo que aumente na Igreja a paixão pela missão de proclamar o Reino de Deus e ajudar os missionários, as missionárias e as comunidades cristãs empenhadas nesta missão, muitas vezes em ambientes hostis de perseguição.

Ao mesmo tempo, convido todos a darem um sinal crível da comunhão entre as Igrejas, com uma ajuda econômica, especialmente neste período de crise que a humanidade está vivendo, a fim de colocar as jovens Igrejas em condições de iluminar as pessoas com o Evangelho da caridade.

Nos guie em nossa ação missionária a Virgem Maria, Estrela da Evangelização, que deu ao mundo Cristo, luz das nações, para que leve a salvação "até aos extremos da terra"(At 13,47).

A todos, a minha Bênção.

Cidade do Vaticano, 29 de junho de 2009

BENEDICTUS PP. XVI


19º Festival Palotino de Música


Como já acontece tradicionalmente, no dia 7 de setembro realizou-se o 19º Festival Palotino de Música, na paróquia Imaculada Conceição, em Estrela D'Alva-MG,que proporcionou um verdadeiro acolhimento a todos os que lá se encontravam.

Há quase 20 anos, esta grande festa reúne as paróquias palotinas de São Roque, Divina Misericórdia (Vila Valqueire), Santa Isabel (Bento Ribeiro), Nossa Senhora de Fátima (Pendotiba), São Sebastião de Itaipu, Nossa Senhora de Fátima (Itaipuaçu),
N.S do Rosário de Fátima (Itaperuna), Imaculada Conceição (Cachoeiras de Macacu), São Benedito, Santa Rita (Itaperuna). Unidos pelo carisma de São Vicente Pallotti, através da música, manifestamos a grande alegria de poder celebrar o Amor Infinito que nos sustenta e fortalece.


O Festival teve início após a celebração da Santa Missa, presidida pelo Pe. Renato Dobek SAC, pároco em Volta Grande, da paróquia de São Sebastião e co-celebrada pelos padres palotinos das paróquias participantes: Pe. Akácio Nery, Pe. Josiel Azevedo, Pe. Jurandir do Nascimento, Pe. Tadeu Domanski, Pe. Francisco Marques, Pe. João Sopicki, Pe. João Francisco, Pe. João Pedro Stawicki, pe.Gilmar e pe. Estêvão além do Pe. Daniel Rocchetti, em visita ao Brasil.


Durante a homilia, o superior regional, Pe. João Pedro Stawicki, deu as boas vindas a todos presentes e a respeito do tema do Festival 2009, “Sacerdote, a medida de Pallotti”, nos falou sobre a importância dos exemplos em nossas comunidades, principalmente dos sacerdotes que nos acompanham e auxiliam, assim como nosso Santo fundador em sua caminhada trazia consigo modelos de fé, oração e serviço, e que buscava principalmente ser um absoluto imitador de Cristo.


Com grande animação, deu-se a apresentação das bandas representantes, que com muita dedicação e talento, prestigiaram o Festival também com a grande participação das torcidas!


Após o almoço, com muita expectaviva, foi anunciado o resultado final dos jurados do Festival, sendo este o seguinte,com as devidas premiações:


1º Banda Solo Santo- Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Pendotiba.
2º Banda Neófitos - Paróquia de São Roque, Vila Valqueire.
3º Elen - Paróquia São Benedito, Itaperuna.


O Festival Palotino é, sem dúvidas, a maior confraternização da Família Palotina, onde na verdade, as diversas torcidas das paróquias representam uma única comunidade, porque partilham alegria, talento e colaboração com a realização do evento! Que tenhamos sido, portanto, verdadeiros exemplos de união e fraternidade!

Carol S. Cruz

CONHECENDO A COMUNIDADE MARANATHÁ

A Comunidade Católica Maranathá, tem como carisma principal a dependência química, trabalhando sem cessar pelo combate ao flagelo das drogas e do alcoolismo em nossa sociedade. Com suas diversas casas espalhadas pelo Rio de Janeiro, recebe sob regime de internação pessoas de diversas idades e classe social, com assistência médica e outros serviços, todos gratuitos. Devido ao crescimento desmedido deste mal em nossa comunidade, apresentamos a todos os moradores da Região Oceânica e adjacências, o Grupo de Oração Maranathá, que o nosso Pároco Pe. Casimiro, tão generosamente nos abriu as portas. O objetivo deste grupo de oração é acolher as diversas famílias acometidas por este flagelo que tem que ser combatido a todo custo. Como já dizia São Paulo em sua carta IPd 5,8 “Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar”. Os primeiros a sofrerem seu ataques são as nossas famílias, nossas crianças, nossos irmãos espalhados pelo mundo inteiro, sem contar na proposta indecente do maligno em destruir o sacramento do matrimônio, visto o crescente número de divórcio em nossa sociedade. Estamos reunidos na Capela São João Batista de Lasalle toda 3ª feira após a missa das 18:30, começamos as 19:30 e encerramos às 21:00hs. Encaminhamos para os retiros na Comunidade e internações quando o dependente assim desejar.Venha nos conhecer e dividir conosco o seu peso, pois como já dizia nosso divino Mestre Jesus: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei.” Mt. 11,28. Convido você a conhecer a proposta da comunidade, mesmo que você não seja um dependente químico, pois é um belíssimo trabalho de evangelização e conversão. Pois como dizia Jesus: “Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra”. A messe é grande e poucos são os operários, junte-se a nós. Conviver é maravilhoso, trocar experiências melhor ainda.

Teremos um retiro feminino no dia 16, 17 e 18 de outubro próximo. Façam sua inscrição pelos telefones: 2703-9918, 9942-7953 (Áurea e Ubaldo) ou pelo 2616-4181, 2709-5255 e 8412-8069 (Rosane). Que Deus os abençoe. Veja o que diz o nosso querido e saudoso Santo Padre o Papa João Paulo II, sobre as comunidades terapêuticas.

1984 - O Papa às Comunidades Terapêuticas

"A droga é um mal e ao mal não se dá trégua".
"A legislação, mesmo que parcial, mesmo sendo uma interpretação da índole da lei, não surtiu os efeitos previstos.
Uma experiência muito comum nos oferece a confirmação disto.
Prevenção, Repressão, Reabilitação: estes são os pontos centrais de um programa que, concebido e levado a efeito à luz da dignidade do homem, embasado na honesta relação entre os povos, terá o reconhecimento e o apoio da Igreja"

Não se combatem, queridos irmãos, os fenômenos da droga e do alcoolismo, nem se pode conduzir uma eficaz ação para a recuperação das suas vítimas, se não se recuperarem preventivamente os valores humanos do amor e da vida, os únicos capazes, sobretudo se iluminados pela fé religiosa, de dar significado pleno à nossa existência".

Eis o Amor!
Aos tóxico dependentes, às vítimas do alcoolismo, às comunidades familiares e sociais, que tanto sofrem por causa desta enfermidade dos seus membros, a Igreja, em nome de Cristo, propõe como resposta e como alternativa a Terapia do Amor.
Deus é amor, e "quem não ama permanece na morte" (1Jo 3,14).
Mas quem ama, saboreia a vida, e permanece nela!

"Gostaria de dirigir um pensamento de viva apreciação ao numeroso grupo de jovens e adultos que participam de programas de recuperação e de toda iniciativa destinada a esse nobre fim”.

Assegurando-Ihes a minha fervorosa prece e a minha sentida solidariedade, renovo-Ihes, o convite para olhar a vida com confiança, acreditar na grandeza, inestimável, do destino do ser humano, que gosto de repetir: é reflexo da própria imagem de Deus.
Em uma palavra, repito o convite para esperar contra toda a esperança - contra spem in spem - e o dirijo, particularmente, aos que, com admirável generosidade e com espírito cristão, aproximam-se dos irmãos necessitados de ajuda, porque sentem-se envolvidos e atropelados pelo dúplice e deplorável fenômeno.

A vós todos, a vossos colaboradores e aos membros de vossas famílias, concedo a Benção Apostólica”.

O que é o retiro do Maranathá

O "Maranathá" é um Encontro para jovens e adultos com o objetivo de apresenta-lhes Jesus Cristo, Luz do mundo (Jo1,9; Jo 8,12), Salvador único da humanidade, "o mesmo de ontem, hoje e por toda a eternidade" (Hb 13,8).

Utilizando uma pedagogia adequada aos participantes, por meios de músicas, palestras, testemunhos, debates, orações, partilhas, encenações, lazer e acolhimento fraterno, é anunciado Jesus Cristo, o seu mistério, sua vida, seus milagres, sua doutrina, Paixão, Ressurreição e Ascensão. É também apresentada a Igreja, seu Corpo Místico, continuadora de Sua presença "Sacramento universal da salvação" dos homens.
São analisados e debatidos os problemas mais cruciais: namoro, sexo, casamento, aborto, divórcio, drogas, problemas familiares, etc; tudo dentro da "sã doutrina" católica, de acordo com Catecismo da Igreja Católica.

Que Deus os abençoe!

Rosane Gastim

Serva da Comunidade Maranathá em Itaipu


6 MOTIVOS PARA NÃO ESQUECER MARIA



Em síntese: O então Cardeal Joseph Ratzinger (hoje Papa Bento XVI) quando era Prefeito da Congregação da Fé, deu uma entrevista ao jornalista Vitório Messori, (“Rapporto sulla Fede”) que foi publicada no Brasil com o título de “A Fé em Crise?: o Cardeal Ratzinger se Interroga” (Editora Pedagógica e Universitária, EPU, 1985). Entre muitas coisas importantes ensinadas pelo atual Papa, ele coloca seis motivos para não esquecer a Virgem Maria; segundo ele são os pontos nos quais a função da Virgem Maria, de equilíbrio e totalidade se mostra clara para a fé católica. É o que publicamos a seguir.


1) Reconhecer a Maria o lugar que a tradição e o dogma lhe atribuem significa permanecer profundamente radicados na cristologia original (Vaticano II: “A Igreja, pensando nela com piedade filial e contemplando-a à luz do Verbo, feito homem, com veneração penetra mais profundamente no altíssimo mistério da Encarnação e vai-se conformando sempre mais ao Seu esposo”, Lumen Gentium, nº 65).

É, aliás, ao serviço direto da fé em Cristo, e não, portanto, em primeiro lugar por devoção à Mãe, que a Igreja proclamou os seus dogmas marianos: inicialmente a virgindade perpétua e a maternidade divina e, a seguir, após um longo amadurecimento e reflexão, a conceição sem mácula do pecado original e a assunção ao céu. Esses dogmas servem de amparo à fé autêntica em Cristo, como verdadeiro Deus e verdadeiro homem: duas naturezas em uma só Pessoa. Servem de amparo também à indispensável tensão escatológica, indicando em Maria assunta o destino imortal que a todos nós espera. E servem de apoio também para a fé, hoje ameaçada, em Deus criador que pode livremente intervir também sobre a matéria. Este é, entre outros, um dos significados da hoje e mais do que nunca incompreendida verdade sobre a virgindade perpétua de Maria. Numa palavra, como recorda, também o Concílio: “Maria, pela Sua participação íntima na história da salvação, reúne e reflete, por assim dizer, os dados máximos da fé” (Lumen Gentium, nº 65).


2) A mariologia da Igreja supõe o justo relacionamento e a necessária integração entre Bíblia e Tradição. Os quatro dogmas marianos têm o seu claro fundamento na Escritura. Temos aqui como que um gérmen que cresce e frutifica na vida cálida da Tradição, assim como se exprime na liturgia, no sentimento do povo fiel e na reflexão da teologia guiada pelo Magistério.


3) Precisamente em sua pessoa de jovem hebréia feita Mãe do Messias, Maria une de modo vital e, ao mesmo tempo, inseparável, o antigo e o novo povo de Deus, Israel e o Cristianismo, Sinagoga e Igreja. Ela é como que o traço de união sem o qual a fé, como acontece hoje, corre o risco de perder o equilíbrio, fazendo com que nós recolhamos o Novo Testamento no Antigo, ou que nos desfaçamos do Antigo. Nela, no entanto, podemos viver a síntese da Escritura inteira.


4) A correta devoção mariana assegura à fé a convivência da indispensável “razão” com as igualmente indispensáveis “razões de coração”, como diria Pascal. Para a Igreja, o homem não é apenas nem somente sentimento, [nem só razão] ele é a união dessas duas dimensões. A cabeça deve refletir com lucidez, mas o coração deve poder ser aquecido: a devoção a Maria “livre de qualquer falso exagero, mas também isenta de uma estreiteza de mente que não considere a singular dignidade da Mãe de Deus”, como recomenda o Concílio, assegura à fé a sua dimensão humana completa.


5) Para usar exatamente as expressões do Vaticano II, Maria é “figura”, “imagem” e “modelo” da Igreja. Assim, olhando para Ela, a Igreja defende-se daquele modelo machista de que falava antes e que a vê como instrumento de um programa de ação sócio-política. Em Maria, sua figura e modelo, a Igreja reencontra o seu rosto de Mãe, e não pode degenerar em uma involução que a transforme em partido, numa organização, num grupo de pressão ao serviço de interesses humanos, ainda que nobilíssimos. Se em certas teologias e eclesiologias Maria não encontra mais lugar, a razão é simples: elas reduziram a fé a uma abstração. E abstração não tem necessidade de Mãe.


6) Como seu destino, que é ao mesmo tempo de Virgem e Mãe, Maria projeta continuamente luz sobre aquilo que o Criador quis para a mulher de todos os tempos, inclusive o nosso. Ou melhor, sobretudo o nosso, em que, como sabemos, é ameaçada a própria essência da feminilidade. A Sua Virgindade e a Sua Maternidade enraízam o mistério da mulher num destino altíssimo, do qual Ela não pode ser deslocada. Maria é a intrépida anunciadora do Magnificat, mas é também aquela que torna fecundo o silêncio e o escondimento. É aquela que não teme ficar ao pé da cruz, que, como realça várias vezes o evangelista, “conserva e medita em Seu Coração” o que acontece ao seu redor. Criatura da coragem e da obediência, é, hoje e sempre, um exemplo para o qual todo o cristão, homem e mulher, pode e deve olhar.


Eduardo Gomes, professor pós-graduado em Ensino Religioso

Totus tuus”, Maria!