Arquidiocese de Niterói - Vicariato Oceânico

sábado, 23 de outubro de 2010

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE - ROTEIROS DA PALLOTTI TOUR

Confira os roteiros preparados pela Pallotti Tour e faça logo sua inscrição para o maior evento da juventude católica do mundo!!! 
As inscrições vão até 30 de dezembro! Maiores informações na secretaria paroquial. 
Clique na foto para ver a imagem ampliada.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Viva Os Professores!!!


Este dia quinze de outubro é dedicado aos professores, esses profissionais heróis que de forma extraordinária dedicam suas vidas numa das mais nobres funções que um ser humano pode exercer; EDUCAR.
O que pode levar alguém a ser professor / professora? É verdadeiramente um mistério!
Vejamos:
Em um tempo não muito distante, mães, pais, professores, avós, vizinhos e padres, eram autoridades dignas de respeito e considerações. Quanto mais próximos ou mais idosos, mais afeto. Impensável responder de forma grosseira aos mais velhos, professores ou autoridades. Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa comunidade, do bairro, ou da cidade. Os nossos medos eram apenas do escuro, dos sapos, aranhas e raramente cachorro irritado. Hoje bate certa tristeza por tudo aquilo que perdemos e pelas conseqüências  que nossos filhos e netos estão enfrentando.
Percebe-se o medo no olhar das crianças, dos jovens, dos idosos, dos adultos e das próprias autoridades.
Direitos humanos para criminosos, deveres e encargos para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Pagar dívidas em dia é ser tonto. Anistia para corruptos e fraudadores e políticos desonesto. O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula, empresários ameaçados por assaltantes e traficantes, grades em portas e janelas. Que valores são esses?
Automóveis que valem mais que abraços, filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano.
Celular nas mochilas das crianças. O que vais querer em troca de um abraço? A diversão vale mais que um diploma. Uma TV de tela gigante vale mais que uma boa conversa. Mais vale parecer do que ser. Quando foi que tudo se transformou e tornou ridículo?
Mesmo assim aí estão os professores que num esforço brutal e heróico, com salários aviltados e indignos, sonham  que é possível, embora parecendo utópico, transformar essa realidade. E ela só mudará pela força da educação.
Nada mais belo e encantador do que um ser humano bem educado que respeita o próximo, que não é levado pelo orgulho e a vaidade incontida, que tem consciência do bem comum e respeita o meio ambiente amando o que deve ser amado: Deus, o próximo e toda criação.
A felicidade consiste em vivermos num mundo simples e comum. Vamos voltar a ser “gente” construindo um mundo melhor?
Precisamos tentar, vamos procurar colaborar com os professores/ professoras colocando-nos disponíveis e companheiros em sua missão. Digamos confiantes para eles EIS ME  AQUI!
“Se não sabes, aprende; Se já sabes, ensina.”  (Confúcio)

José Mario Benevento

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Nossa Senhora Aparecida -Padroeira do Brasil.

Com muita alegria nós, brasileiros, lembramos e celebramos solenemente o dia da Protetora da Igreja e das famílias brasileiras: Nossa Senhora da Conceição Aparecida.


A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto (MG).


Convocados pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram.


Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu, onde lançaram as redes e apanharam uma imagem sem a cabeça, logo após, lançaram as redes outra vez e apanharam a cabeça, em seguida lançaram novamente as redes e desta vez abundantes peixes encheram a rede.


A imagem ficou com Filipe, durante anos, até que presenteou seu filho, o qual usando de amor à Virgem fez um oratório simples, onde passou a se reunir com os familiares e vizinhos, para receber todos os sábados as graças do Senhor por Maria. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil.


Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha).


No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora "Aparecida" das águas.


O Papa Pio X em 1904 deu ordem para coroar a imagem de modo solene. No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor. Grande acontecimento, e até central para a nossa devoção à Virgem, foi quando em 1929 o Papa Pio XI declarou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil, com estes objetivos: o bem espiritual do povo e o aumento cada vez maior de devotos à Imaculada Mãe de Deus.


Em 1967, completando-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário de Aparecida a Rosa de Ouro, reconhecendo a importância do Santuário e estimulando o culto à Mãe de Deus.


Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Era necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início, em 11 de novembro de 1955, a construção de uma outra igreja, a atual Basílica Nova. Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo ll e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida Santuário Nacional, sendo o "maior Santuário Mariano do mundo".

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/liturgia/santo/index.php?mes=10&dia=12&id=280

Em nossa Paróquia Santa Missa Solene da Padroeira do Brasil as 20h na Matriz.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Libras

A inserção de pessoas com deficiência na sociedade atual é tema recorrente. Mas é comum focarmos nossa atenção nas deficiências que são passíveis de identificação pela aparência, o que não é o caso de surdos e deficientes auditivos.
Na primeira Conferência sobre o assunto em 1880, em Milão, tornou-se proibida a comunicação por língua de sinais, entendendo como necessária a estimulação da oralidade da pessoa surda. Com o passar do tempo e a melhor compreensão da deficiência e de suas limitações orais, a Língua de Sinais passou a ser de grande importância no ensino e na comunicação dos surdos. Assim como em vários países, o Brasil também possui sua Língua de Sinais, considerada de extrema importância para a comunicação entre surdos e ouvintes, ou de surdos com outros surdos. Quando não existe esse conhecimento, seja em uma conversa informal ou em algum tipo de instituição, restringe-se a socialização dos surdos, limitando muitas vezes o acesso à educação, à saúde e a reivindicação de seus direitos enquanto cidadãos.
A Libras (ou LIBRAS) é a segunda língua oficial do Brasil, embora muitos de nós não tenha aprendido isso durante a vida escolar. O surdo possui uma cultura, participa de eventos sociais, trabalha e estuda, como todos os ouvintes, embora tenha que enfrentar mais desafios do que os mesmos.
O acesso dos surdos através da Língua de Sinais Brasileira é garantido pelo Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, sancionado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, regulamentando Lei no 10.436/2002, e o art. 18 da Lei no 10.098/2000. Mas hoje, cinco anos após sua publicação, é notável o descaso com os surdos em nosso país. No Decreto acima citado, podemos encontrar a obrigatoriedade de intérpretes e a atenção para o atendimento à pessoa surda, seja ela realizada em meio escolar – Artigo 23; no direito ao acesso à saúde – Artigo 25; e/ou no Poder Público, empresas concessionárias de serviços públicos e os órgãos da administração pública federal – Artigo 27.
É importante atentar também para a diferença entre surdo e deficiente auditivo. É considerado surdo, pelo mesmo Decreto, aquele que por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo através de experiências visuais, manifestando-se pela Libras. Já deficiente auditivo é aquele que possui “perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.”
Quanto às expressões e termos que utilizamos ao nos referirmos à deficiências de um modo geral, devemos ter cuidado quanto às suas implicações na vida em sociedade. Algumas expressões incorretas tornaram-se comuns tendo como intenção um eufemismo que deve ser corrigido, tais como: “pessoa portadora de deficiência” – a deficiência não é um objeto para ser portado, e “necessidades especiais” – englobando qualquer pessoa que precise de cuidados, seja ela gestante, idosos, moradores de rua etc. Os termos corretos a serem utilizados são: “pessoa com deficiência” e focando na audição, “deficiente auditivo” ou “surdo”, não possuindo esses termos nenhum tipo de exagero ou preconceito.
O nosso olhar para o surdo, assim como para pessoas com qualquer outro tipo de deficiência, não deve ser um olhar discriminatório. O surdo é um sujeito com subjetividades, dúvidas e anseios, como todos os ouvintes. Diferenciando-se somente por sua limitação auditiva, assim como outras pessoas se diferem por outros tipos de dificuldades, sejam elas físicas ou psíquicas, não deixando de ser um sujeito de direitos e deveres que é submetido às mesmas leis que nós, ouvintes.
Entendendo todas essas concepções de surdo brevemente citadas, foi fundada em Niterói, no ano de 1969, a Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Audição (Apada). A Instituição filantrópica e sem fins lucrativos, tem como objetivo atender e orientar Surdos, Deficientes Auditivos e seus familiares, orientando para a consolidação da cidadania. A Apada é referência entre as instituições brasileiras na área, oferecendo atendimento clínico à surdez; educação infantil bilíngue (Libras-Português) para crianças de 06 meses a 05 anos e 11 meses (surdas, surdas com comprometimentos, surdas com autismo, ouvintes filhos de surdos, assim como toda a comunidade em geral); Central de Intérpretes; e, Centro de Aprendizagem de Libras. Os que se interessarem pelos serviços proporcionados ou quiserem ajudar devem se dirigir à Rua Andrade Neves, número 307 em São Domingos. Podendo também estabelecer contato através dos telefones 2621-4151/2621-2080, ou pelo e-mail apadaniteroi@uol.com.br.
Dentro da religião Católica Apostólica Romana, podemos encontrar também iniciativas, como por exemplo, a Pastoral do Surdo e a formulação do Dicionário de Libras Católico. A Pastoral do Surdo encontra-se aqui em Niterói, na Igreja da Porciúncula de Sant’Ana, há nove anos. E o Dicionário de Libras Católico encontra-se disponível no site www.surdosonline.com.br.

Nathália Alvarenga Porto Costa.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Missão Palotina no Amazonas- Entrevista com Pe. Artur Karbowy SAC


Neste mês de Outubro que é marcado como mês de oração pelas missões, e pelos missionários, entrevistamos o Pe. Artur Karbowy SAC que foi nosso vigário paroquial  e há dois anos é pároco na Paróquia de Santo Ângelo em Novo Airão-AM.

A Semente: Pe. Artur fale para nós um pouco sobre a missão Palotina no Amazonas, há quanto tempo os Palotinos estão lá?

Pe. Artur: Quando escutamos a palavra Amazônia o que se passa em nossa cabeça? Floresta, rios, muitos bichos, insetos. Muitas vezes estamos imaginando a Amazônia lembrando-se do que escutamos sobre este lugar na escola ou vemos em alguma reportagem na televisão. Infelizmente pensando na Amazônia poucas vezes lembramos que lá também vivem pessoas. Tem muita gente vivendo nas grandes cidades e muita gente vivendo em simbiose com a natureza nas margens dos inúmeros rios. No meio da mata, a 200 km de distância de Manaus encontra-se o pequeno município de Novo Airão. Há trinta e sete anos que os palotinos têm sua missão neste lugar. No ano de 1973 Pe. José Maslanka SAC veio da Polônia para neste lugar anunciar a Palavra de Deus aos povos ribeirinhos. Sempre quando a cheia do rio deixa, Pe. José entra na barca da missão “Santa Maria do Rio Negro” para visitar as comunidades ribeirinhas. Na maioria das vezes passa uma ou duas semanas no barco, visitando as comunidades, batizando pessoas, levando para elas a Boa Nova sobre um Deus que os ama. Para a maioria das comunidades a visita chega só uma ou duas vezes durante o ano, então ele sempre é esperado e recebido com alegria pelos ribeirinhos.
A Semente: Como é a missão especialmente na região da sua Paróquia em Novo Airão. Quais são as suas experiências neste tempo, desafios, dificuldades, conte para nós um pouco sobre esta realidade em que o senhor se encontra.
Pe. Artur: Durante os anos nossa missão em Novo Airão esta crescendo. Muita gente deixou os pequenos povoados na margem do Rio Negro para morar na cidade. Vários padres palotinos vieram também para ajudar o Pe. José. Hoje em dia é a minha vez de tentar aproximar as pessoas de Novo Airão a Deus. Quando cheguei aqui, falando de verdade, não sabia muito sobre o que iria fazer como iria trabalhar. Depois de algumas semanas já sabia que minha experiência de trabalho que tive nas paróquias do Rio de Janeiro e de Niterói, não iria adiantar muito. A Amazônia é diferente. Várias comunidades, na maioria o único aceso é pelo rio, são poucos os recursos, pouca instrução, mas grande fé das pessoas. É essa a realidade que esta fazendo os desafios e a alegria do meu trabalho em Novo Airão. A Fé de muitas pessoas foi transferida do avô para o neto, da mãe para os filhos. Em vários lugares encontram-se capelas de santos. A festa dos santos sempre é motivo para preparar uma bonita celebração. Dia de Santo Ângelo, São Elias, São Alberto, São Francisco, São Sebastião, N. S. Aparecida, N. S. Auxiliadora são momentos nos quais as pessoas mostram seu grande amor por Deus e agradecem pelas graças recebidas através dos santos padroeiros. Na festa dos santos vem muita gente, algumas pessoas precisam de horas ou dias navegando de rabeta (canoa com apenas um motor simples) ou pequeno barco para chegar ao lugar da festa. Durante muitos anos foi criada uma tradição de “levantamento de mastro”. Às vezes tem só um, outras vezes até doze grandes mastros, neles são colocadas frutas e em cima um estandarte com a imagem dos santos. Os mastros ficam na frente da capela por alguns dias. No dia depois da festa eles são derrubados e as frutas são apanhadas pelas crianças e pessoas carentes da comunidade. É um bonito modo de mostrar sua solidariedade com as pessoas que necessitam de ajuda.

A Semente: Como é a participação dos fiéis? Que testemunho o senhor pode nós dar sobre a fé do povo na Amazônia?
Pe. Artur: Em Novo Airão a cada dia, às três horas de tarde, em duas comunidades as pessoas se reúnem para rezar o Terço da Misericórdia. Acho que graças a essa corrente de oração, implorando a Divina Misericórdia, conseguimos fazer várias coisas bonitas. Nos últimos dias eu tive uma boa supressa. Entre vários lugares aonde vamos para celebrar a Santa Missa encontra-se a comunidade de Tumbira. Esta é uma das poucas comunidades onde se pode chegar pela estrada, de Novo Airão até lá são 54 km. O Padroeiro desta comunidade é santo Alberto. Alguns anos atrás a imagem do santo e a capela pegou fogo. Depois disso poucas pessoas iam para a Missa que era celebrada uma vez por mês, embaixo da casa onde morava uma família. Logo depois que eu cheguei, a paróquia estava tentando descobrir onde conseguir uma imagem de santo Alberto. Conversei com Frei Wilmar, um carmelita que trabalha em Manaus. Ele conseguiu trazer primeiro um grande quadro de santo Alberto de Roma e em seguida a imagem do santo. Deixei o quadro em Tumbira conversando com as pessoas para construir uma pequena capela para ter um lugar onde pudesse celebrar a Missa. Depois de um mês minha supressa foi grande. Chegando para celebrar de longe estava vendo uma linda e simples capela. Com o esforço das próprias mãos, pegando madeira e palha, as pessoas construíram uma capela onde mais de vinte pessoas podem sentar-se para rezar e participar da eucaristia. Com a capela pronta chegaram também muitas pessoas para rezar. Algumas famílias precisavam andar quase quatro quilômetros. Que bonito testemunho de sua fé e amor por Deus. Voltando desta comunidade eu pensei, essas pessoas andam quatro quilômetros a pé pelo mato para ir à missa e em vários lugares, as pessoas têm carro ou moram pertinho da igreja e não tem “tempo” para participar da celebração. Precisa-se ter grande fé e amor a Deus para fazer esse esforço.

A Semente: Sabemos que também existe nesta região outras congregações missionárias. Como é o trabalho delas junto com os palotinos?
Pe. Artur: Deste o inicio do ano estamos contando com a ajuda das irmãs. Quatro irmãs de três congregações estão juntando forças para ajudar na formação dos leigos em Novo Airão. Como uma das iniciativas, estamos implantando em vários lugares da paróquia Círculos Bíblicos, convidando as famílias para refletir sobre sua vida pela luz da Palavra de Deus. Descobrindo a Leitura Orante da Bíblia grupos e movimentos estão crescendo e aprendendo como fazer a leitura da Palavra e colocar ela em pratica no dia-a-dia.
A Semente: Agradecemos ao Senhor Pe. Artur por partilhar conosco sobre seu trabalho missionário em Novo Airão. Que Deus abençoe sua vida e sua vocação.
Pe. Artur: Obrigado. Deus abençoe todos vocês.

sábado, 2 de outubro de 2010

OUTUBRO. MÊS DAS MISSÕES, DO ROSÁRIO E DA PADROEIRA DO BRASIL.



Neste mês de outubro, voltam-se as atenções de nossa comunidade cristã e católica, no Brasil e no Mundo, para o precioso trabalho dos missionários; daqueles homens e mulheres, de vida livremente dedicada ao Senhor na plenitude, que, em terras próximas ou distantes às suas, cumprem o chamado de Jesus, na pregação do Evangelho, que se traduz da língua grega por Boa Nova, a todas as criaturas; para que aceitem a Palavra, se convertam e se renovem pelo Espírito Santo no batismo, marco inicial da salvação no Reino a todos prometido. E por feliz coincidência, nossa Igreja nos convida, neste mesmo mês, a prestigiarmos o Santo Rosário, no qual a figura de Maria Santíssima se apresenta por intenso, não só nas orações de “Ave Maria” e de “Salve Rainha”, mas na imagem da participação quase totalmente silenciosa de nossa Mãe durante a imaculada concepção, o nascimento e a vida do Filho Salvador, até a morte na cruz, a gloriosa resssurreição, e a ascensão. E posteriormente, no começo da Igreja, bafejada pelo Fogo Pentecostal. E até hoje, depois de sua subida aos céus em corpo e alma integrados, e de sua coroação; sempre atenta às nossas falhas e às nossas necessidades; sempre disposta a interceder pelos que a ela recorram; sempre colaborando pela santificação de todos, e na luta constante contra as forças malignas.

A propósito dos missionários e das missionárias, sabemos que as tarefas não são nada fáceis. Exigem muito sacrifício e renúncia, que, porém, deixam de representar um fardo pela força maior do Amor e da Fé. Exemplo que temos, em nossa comunidade de São Sebastião de Itaipu, são nossos padres, discípulos de São Vicente Pallotti, vindos de distante país do leste europeu, com clima e idioma muito diferentes, e que tanto têm se integrado ao nosso convívio e batalhado pelo crescimento espiritual, pela solidariedade e pelo incentivo à participação no bom combate. Outros exemplos são vistos em outras comunidades em todo o Brasil, em outros países da América, África, Ásia, Oceania e até na Europa, de onde tem saído a grande maioria das missões, mas que, nos dias de hoje, começa, por necessário, a recebê-las de fora. Por vezes, sacrifício e renúncia transcendem para o martírio, como nos tempos do Império Romano. Infelizmente, nos dias de hoje, a intolerância e o radicalismo de irmãos de determinadas e respeitosas crenças, para com nossa fé, tem causado mortes, cruéis agressões e injustas prisões; igual ou pior que no passado próximo por conta de ideologias totalitárias. Mas nada disso intimida os que assumem o mandato divino.

Quanto ao Dia 12, em que se comemora Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil; a mesma Mãe e Rainha com diversos outros títulos, a mesma Mulher concebida sem pecado que atendeu ao chamado do Pai; não deve ser, por nós, católicos, vivido como simples feriado ou “feriadão”. Importa que participemos da Santa Missa, sobretudo, como filhos gratos da Mãe que não cessa de auxiliar-nos, sobretudo nos maus momentos, e até quando não o peçamos expressamente, mas do fundo de nossa alma. Importa que reflitamos sobre a fraternidade com todas as pessoas e todos os povos, aos quais, sem exceção, se estende seu manto protetor. Diversas imagens da Virgem são correlatas a aparições em vários outros países. Fátima em Portugal, Lourdes na França, Guadalupe no México, Luján na Argentina, Chestochowa na Polônia; são algumas de muitas. Qualquer atitude de depreciação, ou de preconceito, contra nações, etnias ou grupos de pessoas, mesmo camuflada a pretexto de jocosidade, contraria, lamentavelmente, o que Deus quer de nós, e o que Maria nos recorda. E quanto mau testemunho tem havido por séculos e séculos!

Em suma. Rezar o Santo Rosário, no todo ou em parte; em família ou em reunião maior; absorver os mistérios, levando-os à vivência diuturna e ao exercício da humildade e da firmeza no caminho do Bem e na rejeição do pecado; incrementar a consciência de que nós, leigos, somos também missionários onde quer que estejamos; ajudar-nos mutuamente, nas forças e nas fraquezas recíprocas, e nos dons de cada um e cada uma; a tudo isso somos lembrados neste mês primaveril.

Senhora Rainha, Mãe de Deus e Nossa. Rogai por nós que recorremos a vós. Iluminai-nos para que perseveremos e melhoremos nossa conduta. Amém.
Luiz Felipe Haddad